Acorrentado


Eu sei que fiz tudo da maneira certa. Fui fiel aos princípios do meu coração, mas errei quando deixei o sentimento falar mais alto. Essas lágrimas agora não denotam nenhum significado e esses soluços – que ecoam no escuro, madrugada afora – não são capazes de me libertar dessas correntes onde me prendi pra sempre. Fui ingênuo e irracional quando deixei meu coração sair do peito. Eu não desejei que fosse desta maneira, não pensei que isso fosse doer tanto!

Agora já não tenho mais para onde ir. E ainda que as paredes me protejam do frio, minha mente está à mercê da tempestade. Não há abrigo no mundo que me resguarde. Nem aquela voz, que um dia foi o meu alento, é capaz de me livrar do abismo em que me encontro.

Só um pequeno vislumbre de esperança é o que ainda me mantém vivo.

– Diego Dittrich
Janeiro de 2010

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